Salatiel Dias - Borges Jiu-Jitsu
RESPEITO A TODOS E NÃO TEMO NENHUM
quinta-feira, 19 de julho de 2012
domingo, 15 de julho de 2012
História do Jiu-Jitsu
Segundo alguns historiadores o Jiu-jitsu ou "arte suave", nasceu na Índia e era praticado por monges budistas. Preocupados com a auto defesa, os monges desenvolveram uma técnica baseada nos princípios do equilíbrio, do sistema de articulação do corpo e das alavancas, evitando o uso da força e de armas. Com a expansão do budismo o jiu-jitsu percorreu o Sudeste asiático, a China e, finalmente, chegou ao Japão, onde desenvolveu-se e popularizou-se.
A partir do final do século XIX, alguns mestres de jiu-jitsu migraram do Japão para outros Continentes, vivendo do ensino da arte marcial e das lutas que realizavam.
Esai Maeda Koma, conhecido como Conde Koma, foi um deles.
Depois de viajar com sua trupe lutando em vários países da Europa e das Américas, chegou ao Brasil em 1915 e se fixou em Belém do Pará, no ano seguinte, onde conheceu Gastão Gracie. Pai de oito filhos, cinco homens e três mulheres, Gastão tornou-se um entusiasta do jiu-jitsu e levou o mais velho, Carlos, para aprender a luta com o japonês.
Franzino por natureza, aos 15 anos, Carlos Gracie encontrou no jiu-jitsu um meio de realização pessoal.
Aos 19, se transferiu para o Rio de Janeiro com a família e adotou a profissão de lutador e professor dessa arte marcial. Viajou para Belo Horizonte e depois para São Paulo, ministrando aulas e vencendo adversários bem mais fortes fisicamente. Em 1925, voltou ao Rio e abriu a primeira Academia Gracie de Jiu-Jitsu.
Convidou seus irmãos Oswaldo e Gastão para assessorá-lo e assumiu a criação dos menores George, com 14 anos, e Hélio,com 12.
Desde então, Carlos passou a transmitir seus conhecimentos aos irmãos, adequando e aperfeiçoando a técnica à compleição física franzina característica de sua família. Também transmitiu-lhes sua filosofia de vida e conceitos de alimentação natural, sendo um pioneiro na criação de uma dieta especial para atletas, a Dieta Gracie, transformando o jiu-jitsu em sinônimo de saúde.
De posse de uma eficiente técnica de defesa pessoal, Carlos Gracie viu no jiu-jitsu um meio para se tornar um homem mais tolerante, respeitoso e autoconfiante. Imbuído de provar a superioridade do jiu-jitsu e formar uma tradição familiar, Carlos Gracie lançou desafios aos grandes lutadores da época e passou a gerenciar a carreira dos irmãos.
Enfrentando adversários 20, 30 quilos mais pesados, os Gracie logo adquiriram fama e notoriedade nacional. Atraídos pelo novo mercado que se abriu em torno do jiu-jitsu, muitos japoneses vieram para o Rio, porém, nenhum deles formou uma escola tão sólida quanto a da Academia Gracie, pois o jiu-jitsu que praticavam privilegiava as quedas e o dos Gracie, o aprimoramento da luta no chão e os golpes de finalização.
Ao modificar as regras internacionais do jiu-jitsu japonês nas lutas que ele e os irmãos realizavam, Carlos Gracie iniciou o primeiro caso de mudança de nacionalidade de uma luta, ou esporte, na história esportiva mundial. Anos depois, a arte marcial japonesa passou a ser denominada de jiu-jitsu brasileiro, sendo exportada para o mundo todo, inclusive para o Japão.
Aos 19, se transferiu para o Rio de Janeiro com a família e adotou a profissão de lutador e professor dessa arte marcial. Viajou para Belo Horizonte e depois para São Paulo, ministrando aulas e vencendo adversários bem mais fortes fisicamente. Em 1925, voltou ao Rio e abriu a primeira Academia Gracie de Jiu-Jitsu.
Convidou seus irmãos Oswaldo e Gastão para assessorá-lo e assumiu a criação dos menores George, com 14 anos, e Hélio,com 12.
Desde então, Carlos passou a transmitir seus conhecimentos aos irmãos, adequando e aperfeiçoando a técnica à compleição física franzina característica de sua família. Também transmitiu-lhes sua filosofia de vida e conceitos de alimentação natural, sendo um pioneiro na criação de uma dieta especial para atletas, a Dieta Gracie, transformando o jiu-jitsu em sinônimo de saúde.
Enfrentando adversários 20, 30 quilos mais pesados, os Gracie logo adquiriram fama e notoriedade nacional. Atraídos pelo novo mercado que se abriu em torno do jiu-jitsu, muitos japoneses vieram para o Rio, porém, nenhum deles formou uma escola tão sólida quanto a da Academia Gracie, pois o jiu-jitsu que praticavam privilegiava as quedas e o dos Gracie, o aprimoramento da luta no chão e os golpes de finalização.
Ao modificar as regras internacionais do jiu-jitsu japonês nas lutas que ele e os irmãos realizavam, Carlos Gracie iniciou o primeiro caso de mudança de nacionalidade de uma luta, ou esporte, na história esportiva mundial. Anos depois, a arte marcial japonesa passou a ser denominada de jiu-jitsu brasileiro, sendo exportada para o mundo todo, inclusive para o Japão.
Carlos Gracie |
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sexta-feira, 13 de julho de 2012
É preciso existir um Fadda, para mostrar que o Jiu-Jitsu não é privilégio dos Gracie.
Mestre Fadda |
O Início
O Grande Mestre Oswaldo Baptista
Fadda nasceu no Rio de Janeiro no bairro de Bento Ribeiro e praticamente
respirou Jiu-jitsu. Era muito conhecido também por ser um homem de família e
bem humilde e de um conhecimento imenso da arte do Jiu-jitsu. Fez muitas amizades
quando vivo e sendo o primeiro a iniciar suas aulas no bairro gerou o título de
pioneiro da arte no Rio e adjacências do subúrbio da Zona Norte.
Iniciou sua jornada no ano de 1937, somente
com 17 anos de idade, o nosso Fadda colocaria pela primeira vez um quimono.
Como todos sabem Fadda foi aluno de Luiz França, que por sua vez foi um dos
discípulos do pioneiro do Jiu-jitsu no Brasil o Conde Koma,
que também treinou, dentre outros, os Grandes Mestres Hélio e Carlos
Gracie, maiores difusores do Jiu-Jitsu no Brasil.
Depois de um ano, Luiz França já
dizia que Fadda seria um aluno de grande promessa na nossa arte do Jiu-Jitsu brasileiro no
Brasil. Como poderia França estar tão certo disso? O que vemos hoje na história
é a confirmação de França.
Em 1942 Luiz França
resolve promover Fadda ao título de professor faixa-preta. França agora bem
orgulhoso de seu aluno que seria um exemplo para muitos. Neste mesmo ano, Fadda
começou a ensinar Jiu-Jitsu, no subúrbio de Bento Ribeiro, na cidade do
Rio de Janeiro. Alguns anos depois Fadda teria fundado seu primeiro quartel
general na cidade do Rio. Em 27 de janeiro de 1950, nesse mesmo subúrbio,
Fadda fundou sua própria academia.
Fadda fazia várias demonstrações
com seus alunos, não escolhia lugares e aonde pudesse colocar seus tatames ele
estaria lá e até muitas vezes sem tatames mesmo, no próprio chão duro de cimento ou barros.
No subúrbio em que sempre viveu, com profundo idealismo, divulgou,
extraordinariamente, esta modalidade esportiva. Demonstrava, com seus alunos,
as técnicas do Jiu-jitsu nas favelas, praças públicas, praias, morros, circos, pátios de igrejas e clubes,
visando à ampla expansão de sua prática possível a todos.
Ajudando Deficientes Físicos
Para quem não sabe Fadda era
envolvido em uma grande importante atividade, que era a recuperação, através
dos ensinamentos do Jiu-jitsu, de pessoas com problemas físicos ementais.
Naquela época ainda não tinhamos um controle da paralisia infantil e Fadda
tinha vários alunos com essa doença participando de suas aulas como forma de coordenação
motora e exercícios.
Desafiando a família Gracie
Com tantos trabalhos
voluntários e tendo como público uma comunidade carente, não lhe restava
muito capital para investir em publicidade. O máximo que ele
conseguia para poder divulgar sua academia era um pequeno espaço na página
de óbitos. Então a solução encontrada pelo mestre para chamar a
atenção da mídia foi a de desafiar a poderosa família
Gracie.
Em 1954, o Mestre Fadda foi
aos jornais O Globo e o Diário da Noite e declarou:
Desejamos enfrentar os Gracie, respeitamo-los como incomparáveis
adversários, porém não os tememos. Disponho de cerca de vinte alunos para os
encontros.
|
Atendendo as expectativas, Hélio
Gracie aceitou o desafio, dizendo-se impressionado pelo cavalheirismo do
desafiante e garantiu que as lutas iriam ocorrer na própria sede da academia
Gracie, no centro da cidade do Rio de Janeiro. As lutas ocorreram no segundo
semestre do mesmo ano, mas dessa vez os fatos foram de encontro às
expectativas: a academia Fadda superou a academia dos Gracie, surpreendendo a
comunidade do Jiu-jitsu. Destaque para a finalização emplacada por
José Guimarães, que deixou desacordado Leônidas, então lutador da Gracie. Ao
término do desafio, a Academia Fadda, ganhou expressão e notoriedade. Hélio,
impressionado com a técnica dos lutadores suburbanos, declarou que o Jiu-jitsu
não era exclusividade de uma família.
Os alunos de mestre Fadda
surpreenderam os alunos da Gracie com a finalizações por chave de pé. E,
durante longo tempo, esta forma de finalização sofreu preconceitos por ser
considerada uma técnica de "lutador suburbano."
Acabamos com o tabu dos Gracie
|
— disse Fadda, na
época à Revista do Esporte.
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Fadda derrota Hélio Gracie
Num combate não tão famoso hoje
em dia o Grande Mestre Fadda lutaria com um dos seus maiores concorrentes e
amigo também. Em 1954 Fadda foi até a Academia Gracie, acompanhando de vários
de seus alunos, para uma série de combates com o famoso clã do
Jiu-Jitsu. Dentre os combates houve uma memorável luta entre Hélio Gracie e
Oswaldo Fadda, sagrando-se Fadda como vencedor, tendo sido a primeira vez que
um desafiante derrotou um dos irmãos Gracie.
É preciso existir um Fadda, para mostrar que o Jiu-Jitsu não é
privilégio dos Gracie.
|
— Hélio Gracie, na Revista
dos Esportes, publicada no Rio de Janeiro em 1954.
|
Legado
Dentre muitos faixas-pretas que
formou ainda hoje encontra-se na Zona Oeste do Rio de Janeiro Wilson
Pereira Mattos, mais conhecido como Mestre Wilson ou Shiran, que é detentor da
faixa vermelha nono grau, o nível mais alto que se pode atingir hoje no
Jiu-jitsu. Mestre Wilson possui representações em muitos lugares do Brasil e no
mundo, tais como Japão, Estados Unidos, Portugal e Austrália.
Em seus últimos anos, Oswaldo Fadda sofreu o mal de
Alzheimer. Faleceu a 1 de abril de 2005, vitimado por uma pneumonia bacteriana.
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